O que é seguro resgatável? Vale a pena?

Seguro de vida resgatável é um assunto ainda mal compreendido pela maioria dos brasileiros.

Primeiramente, antes de entender o conceito de resgatável, é preciso entender os 2 tipos principais de seguros de vida:

  • Temporários
  • Vitalícios

Para compreender estes dois conceitos, recomendamos a leitura deste post aqui.

 

Seguro Resgatável: o que é?

O seguro resgatável permite o resgate de um percentual do valor total pago após um prazo de carência (geralmente de 2 anos). Assim, ao contratar um seguro resgatável, você pode solicitar o resgate se tiver um imprevisto ou simplesmente desistir do plano. Esse percentual de resgate aumenta no decorrer da vigência do plano podendo chegar a até 100% do valor pago. 

O seguro de vida temporário de vigência anual, que é o produto mais tradicional do mercado, não possui qualquer resgate. Enquanto você pagar o seguro, terá a proteção e, sendo cancelado, perde-se a proteção e não há qualquer estorno.

Entre os temporários de prazo longo, alguns acumulam reserva de resgate, outros não. Há uma variedade de produtos no mercado, com diferentes regras. Normalmente, o valor resgatado não chega nem perto do valor pago, o que é compreensível.

Já entre os vitalícios, estes sempre constituem reserva de resgate. Assim, em muitos casos, após a quitação do seguro e decorridos mais alguns anos, o segurado pode resgatar o valor integral do que desembolsou com o seguro, caso desista da cobertura adquirida.

 

Em resumo, estes são os tipos de seguro e suas possibilidades de resgate:

 

Possibilidade de Resgate Prazos (Tipos) Reenquadramento etário? Casos de resgate
Resgatável Vitalício (whole life) Não Cancelamento do seguro
Temporário de prazo definido (term life): 10, 15, 20 ou + anos Não Cancelamento do seguro
Fim do prazo.
Não Resgatável Temporário anual (tradicional) Sim Não é possível
Temporário de prazo definido (term life): 10, 15, 20 ou + anos Não Não é possível

Afinal, vale a pena fazer um seguro resgatável?

A resposta é: depende. Em primeiro lugar, é importante esclarecer que o possível resgate de um seguro de vida não seja confundido com um investimento. Ele é um “plus” em muitos seguros, uma característica bacana, mas o seguro nunca pode ser encarado como um lugar para se juntar dinheiro para a velhice. Para isso, existe a previdência privada.

Além disso, no caso do seguro vitalício, financeiramente falando, não é nada vantajoso contratar pensando em cancelá-lo depois de algum tempo, para resgatar um bom valor. Muita gente pensa nisso para cobrir uma necessidade temporária, como a educação dos filhos. Para esta finalidade, é muito mais vantajoso contratar uma cobertura temporária de prazo longo, que será mais econômica, e investir a diferença.

O seguro de vida resgatável é indicado portanto somente para aqueles que já sabem que tem a necessidade da proteção por vários anos ou por tempo indeterminado.

 

Orientação Profissional

Em resumo, a escolha de um bom seguro de vida depende de muitos fatores e há uma gama de soluções, que podem ser usadas, combinadas ou não, para uma gama de necessidades. As pessoas possuem receitas e despesas diferentes, padrões de vida diferentes e uma série de outras situações particulares, como histórico de saúde familiar, planejamento de filhos, desejos futuros, etc. Por isso, é fundamental você procurar um corretor de seguros ou planejador financeiro especializado no assunto.

Fazer um seguro de vida para ajudar seu gerente ou lhe trazer alguma vantagem no banco, ou fazer de qualquer maneira, pode significar pagar por algo que não faz sentido para sua necessidade. Da mesma forma, fazer um plano de longo prazo que não seja otimizado à sua realidade e aos seus desejos, pode fazer com que você tenha um custo muito maior do que poderia ter. Por isso, recomendamos uma orientação especializada e isenta para você fazer o melhor seguro de vida possível.

 

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